O empresário Flávio Assis define o serviço como "precário". Ele diz que para o carro nesses locais, mas não sente que o veículo tem a devida proteção que deveria ser oferecida com o pagamento da tarifa. "Os guardadores só aparecem na hora em que vamos pagar a tarifa. A impressão que tenho é que eles só querem atender a maior quantidade de veículos", critica Assis.
Ele conta que nunca teve nenhum problema ao estacionar o carro na Zona Azul. Porém, conheceu o caso de um cliente, que parou na frente da sua loja, e teve o carro danificado após um galho ter caído em cima do veículo. Na hora, o guardador disse que o proprietário teria que procurar a Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador).
Assis conta que foram vários meses até ressarcirem seu cliente do prejuízo. "A tarifa que pagamos deveria ser usada para resolver estes problemas rapidamente, e convertida em segurança para o carro. O que também não vejo", reclama.
No mês passado em São Carlos, Interior de São Paulo, um consumidor ganhou na Justiça uma indenização de R$ 18,5 mil, após ter seu carro furtado no estacionamento da Zona Azul. Na cidade, há uma concessão a uma empresa privada que foi responsabilizada pelo pagamento do valor.
Os usuários da Zona Azul reclamam ainda da falta de informação clara aos consumidores sobre os serviços contratados, que está prevista no Código Brasileiro de Defesa do Consumidor (CDC). No artigo 3° do CDC há o esclarecimento de que o fornecedor pode ser pessoa pública ou privada.
Fonte: A Tarde (Salvador-BA), 6 de junho de 2009