"Ouvimos os pedidos deles e vamos ajustar o nosso projeto. Não acreditamos que vamos ficar fora da Copa por causa disso", disse Ataíde Gil Guerreiro, vice-presidente do São Paulo. Apesar de os organizadores do Mundial terem estabelecido um prazo para a inclusão do Morumbi na competição, o comitê de São Paulo descartou a possibilidade de construir um estádio novo na cidade. "Estamos apostando que o Morumbi vai conseguir. Não pretendemos gastar dinheiro público para construir um quinto estádio na cidade", disse Caio Luiz de Carvalho, coordenador do comitê paulista.
O projeto de reforma do Morumbi que foi vetado pela Fifa estava orçado em cerca de R$ 230 milhões, sendo R$ 130 milhões para adequar a arena aos moldes da Fifa e o restante para erguer uma cobertura.
Na reunião do dia 10 de junho, o São Paulo tentou convencer os dirigentes do COL sobre a possibilidade de a obra ser realizada com o Morumbi aberto para jogos. "A reforma será feita por setores e em nada vai atrapalhar o cronograma", declarou Guerreiro, que não recebeu o sinal verde do comitê local. Segundo a Fifa, os estádios envolvidos no Mundial de 2014 terão de ter suas obras iniciadas no máximo em fevereiro do próximo ano. A entidade que controla o futebol mundial já informou que todas as arenas terão de estar fechadas. "Se não conseguirmos ficar com o Morumbi aberto, a Prefeitura de São Paulo já nos garantiu que vamos poder jogar no Pacaembu", acrescentou o vice-presidente são-paulino. Guerreiro informou ainda que o São Paulo negocia com uma série de empresas para bancar a reforma de seu estádio.
Fonte: Folha de S. Paulo, 11 de junho de 2009