Os percalços foram vários para quem saiu à rua em São Paulo durante todo o dia. Gil Santos é segurança particular em uma empresa no Brooklin, na Zona Sul, e mora na Zona Leste de São Paulo. Ele utiliza uma moto 0 km para se locomover na cidade. Apesar de novo, o veículo apresentou problema devido à chuva. Santos teve de parar em um posto da Avenida dos Bandeirantes para tentar solucionar o problema.
"O problema é parar no meio do trânsito e vir alguém atrás e me acertar", completou, deixando clara a tensão com que enfrenta o trânsito. Com chuva e congestionamento recorde, o nível de nervosismo atinge níveis insuportáveis.
O trânsito de São Paulo tira o ânimo das pessoas até para estudar. Victor Guedes faz economia na Universidade de São Paulo e mora em São Bernardo do Campo, no ABC. A Avenida dos Bandeirantes, sempre uma das mais congestionadas da cidade independentemente do horário, é rota obrigatória. Em véspera de feriado e nas sextas-feiras, o desânimo é tanto que Guedes até deixa de ir à faculdade.
O ônibus fretado, nessas horas, se torna um paliativo. Se não há o estresse de dirigir em um trânsito caótico, há a ansiedade pela espera da condução. A auxiliar administrativo Valéria Valentim costumar pegar o fretado em direção a Santo André, no ABC, por volta das 18h todos os dias. O ponto de encontro é um posto da Avenida dos Bandeirantes. Às 18h50, ainda aguardava a chegava do veículo, tentando se proteger da chuva. "Além do atraso, deverá levar umas duas horas para eu chegar em casa", disse.
Apesar disso, nem pensa em trabalhar de carro.
Fonte: portal G1, 10 de junho de 2009