O mais comum, constata o jornal, é olhar para os motoristas mais velhos com boa dose de preconceito. Teme-se pelas reações - ou falta delas - em casos de emergência, pelo uso da sinalização, pela velocidade cautelosa. "A idade não traz nenhum impedimento para o indivíduo continuar dirigindo. Pode haver alguma limitação, mas eles não desaprendem", explica a médica geriatra Fabiana Weffot Caprilhone, do Hospital Milton Muricy.
É preciso mais cuidado, paciência e carinho para tratar a questão. O ideal é que o próprio idoso se dê conta das limitações impostas pelas condições de saúde. Alguns medicamentos e doenças degenerativas, típicas do envelhecimento, tornam a direção mais perigosa. "Mas a negociação tem de existir. Não adianta tirar a mobilidade do cidadão e não criar alternativas para ele se locomover. A dependência é um caminho para a depressão", avalia a médica.
Fonte: Gazeta do Povo - Curitiba, 16 de outubro de 2008