A adaptação, explica o educador físico, depende do cronotipo de cada um. "Há pessoas que são vespertinas, outras que são matutinas, e as indiferentes. Segundo um estudo realizado pelo Departamento de Fisiologia da USP (Universidade de São Paulo), 80% das pessoas são indiferentes. Teoricamente, essas são as que sofreriam menos com o horário de verão, pois se adaptam tanto a uma condição quanto à outra."
O mesmo estudo mencionado por Santana mostra que, após um mês de horário de verão, a maioria dos matutinos se adapta, não apresentando nenhum sintoma. Já o vespertino sente mais a diferença no horário.
Na opinião dele, as empresas devem se conscientizar de que os funcionários irão demorar certo tempo para se adaptar ao horário de verão, de forma que aqueles que trabalham com máquinas e equipamentos estarão mais susceptíveis a acidentes. "Os profissionais também precisam ficar mais atentos."
Para acelerar a adaptação ao novo horário, Santana aconselha a forçar o organismo. Assim, mesmo nos finais de semana, quando o ritmo de atividade costuma ser reduzido, tentar acordar cedo e, se sentir sono à tarde, não dormir.
Para quem tem dificuldade de dormir, uma boa idéia é apostar nos alimentos fontes de triptofano, que é um aminoácido precursor da serotonina. A serotonina, por sua vez, auxilia no relaxamento e favorece o sono. Leite e derivados e frango são exemplos de alimentos ricos em triptofano.
Fonte: InfoMoney, 17 de outubro de 2008