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A Fiat chegou ao Brasil em 1976 produzindo o pequeno 147 em Betim (MG), hatch que deu início à história da marca italiana no Brasil. Derivado do 127 italiano, o carro foi o primeiro a ser equipado com motor montado na transversal entre os modelos nacionais da época e se tornou um dos mais populares do país, brigando com o lendário Fusca e o Chevette. A reportagem é da revista AutoEsporte, que em novembro daquele ano apresentava as primeiras impressões do Fiat. Das sete cores apresentadas, o modelo testado era um "vermelho romano" e apresentou nota 10 em dois quesitos: dirigibilidade e estabilidade. O 147 ficaria famoso pela eficiência nas curvas e excelente suspensão.
A velocidade máxima do pequeno hatch - ele tinha 3,62 m - era de 135 km/h e saiu da fábrica com uma ampla grade dianteira ladeada por faróis retangulares, pneus radiais e era considerado uma "nova concepção de transporte urbano".
O câmbio não agradou muito, pois vinha do assoalho, entre os bancos dianteiros, até a mão do motorista. Era tão alto que fazia com que as mudanças não fossem muito precisas.
Seu sucesso no mercado brasileiro foi tamanho que, no final da década de 70, início dos anos 80, as vendas chegaram a superar as do Fusca. Alguns testes promovidos pela fábrica se transformaram em comerciais televisivos, como o realizado nas escadarias da igreja da Penha, no Rio de Janeiro.
Em apenas um ano, o 147 vendeu 64 mil unidades e em 1977, além da versão Standard, existiam as versões L e GL, com alguns opcionais a mais do que o modelo de base, e a versão Furgoneta, de uso, principalmente, comercial. O 147 Pick-up surgiu um ano depois com espaço para 650 litros. A versão esportiva Rallye de motor 1.3, foi testada e aprovada pelo piloto Emerson Fittipaldi a convite da Fiat.
Em 1979, o Fiat 147 se tornava o primeiro carro a álcool do mundo, com motor 1.3, 60 cv brutos. Foi na década de 80 que o carro recebeu sua primeira reestilização, com a nova frente um pouco mais inclinada chamada "Europa". Nessa época, também surgia o modelo GLS, versão de luxo do GL, e a Panorama, a perua da linha com 730 litros de espaço para carga normalmente.
Em 1982, a picape Fiorino seria apresentada com a base da Panorama e a frente Europa.
Em 1983, a versão básica passava a se chamar 147 C, a GLS era substituída pela Top e a Rallye viraria Racing. Ao mesmo tempo, a nova frente Spazio também era oferecida, com grades e faróis maiores. Naquele mesmo ano surgia o três-volumes Oggi, que não foi tão bem aceito. As vendas do 147 só serão abaladas, de fato, com a entrada no Uno no mercado brasileiro em 1984 e os demais carros da linha também sucumbiam com os concorrentes que surgiam no mercado, como o Prêmio e o Monza. Em 1986, ele saia de série, mas deixaria seu legado para carros como Uno e Palio.
Fonte: revista AutoEsporte, novembro de 2010

Categoria: Mundo do Automóvel


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