Dia 24 de fevereiro, o Dnit prometeu que, no mês que vem, começará a pôr em operação 2.696 equipamentos em todo o país, sendo 77 no Rio. De acordo com o TCU, a ordem visa a preservar a segurança dos usuários nas estradas, comprometida desde 30 de setembro de 2007, quando o consórcio responsável pelas lombadas eletrônicas em funcionamento na malha federal deixou de operar.
O contrato assinado em 1999 com o extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) fora prorrogado até o limite. A partir de 2006, o serviço foi mantido irregularmente pelo Dnit, sem contrato.
Falta de planejamento prejudicou licitações
Mesmo sabendo dos prazos, segundo os auditores, as licitações para contratar novos fornecedores não foram providenciadas a tempo pelo departamento, por falta de planejamento. Diversas irregularidades, apontadas pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público Federal (MPF), além de impugnações e questionamentos de empresas concorrentes na Justiça, atrasaram ainda mais os processos. Se os radares não forem ligados nos 60 dias fixados pelo TCU, os gestores do Dnit estarão sujeitos a multa.
O órgão informou que as licitações foram concluídas recentemente, com a assinatura de 12 contratos. E assegurou que, no fim do mês que vem, começa a instalação em todo o país. A previsão é de conclusão em até 24 meses. Serão 1.138 lombadas eletrônicas, usadas em pontos urbanos, com travessia de pedestres; 452 equipamentos para registro de avanço de sinal e 1.560 "pardais", novidades nas BRs. No Rio, serão 39 lombadas, 38 "pardais" e nenhum aparelho para flagrar avanço.
No feriadão de carnaval, cuja tradição é de muitas mortes nas estradas, a fiscalização vai ser feita apenas com os cerca de 400 radares móveis, operados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). A exceção é Minas Gerais, onde 18 radares já funcionam no Anel Rodoviário de Belo Horizonte e na BR-381. Foi montado esquema especial, devido ao elevado número de mortes.
Fonte: O Globo (RJ), 25 de fevereiro de 2011