O número de carros é grande. São 4,5 milhões. Mas é menos do que em São Paulo, que tem 6,5 milhões de automóveis. "Eu tenho carro mas deixo em casa. O estacionamento é muito caro em Tóquio", justifica uma mulher. "Eu nem tenho carro. O metrô funciona muito bem", destaca um homem.
Os trens fazem parte da paisagem de Tóquio. São 15 linhas de metrô, na região central, e mais 102 de trem para os subúrbios e outras cidades do Japão. Os trens são limpos, eficientes e, a não ser no caso de terremotos, estão sempre precisamente no horário. Até executivos de grandes empresas abrem mão do carro.
Osvaldo Kawakami é presidente da refinaria que a Petrobras tem no Japão. Antes de sair para qualquer reunião, ele consulta a internet para saber o horário do trem, a que horas vai sair e a que horas vai chegar ao destino.
O presidente da Jal, a maior companhia aérea do Japão, é famoso por também ser um passageiro frequente do transporte público. Usa o ônibus para fazer o trajeto de casa para o trabalho.
Os ônibus em Tóquio são extremamente pontuais, raramente atrasam. Os passageiros podem consultar o horário exato em que vão chegar ao ponto na internet ou no celular. Para não deixar dúvidas, um painel eletrônico mostra a que distância o ônibus está do ponto e quanto tempo falta para chegar ao destino final.
Isso é possível porque os ônibus são ligados a satélites por GPS. A informação é transmitida para uma central e também para os pontos onde ele vai parar. Como não há engarrafamento, é mais fácil para os motoristas respeitar o horário. Com um sistema de transportes desses, não tem como usar o trânsito como desculpa para chegar atrasado ao trabalho.
Fonte: Bom Dia Brasil, 27 de novembro de 2009