Pelo texto, o período vespertino da proibição na circulação seria ampliado até às 21h. Além disso, passaria para dois dias semanais - e não um - a periodicidade para as restrições para cada final de placa. Por exemplo, os proprietários de veículos com a chapa terminada em 2 teriam de evitar sair de casa toda segunda e quarta-feira. Já os que terminam com 5 enfrentariam a medida às terças e quintas-feiras.
No dia 27 de novembro, uma audiência pública foi organizada no Legislativo municipal. Nesta semana, outro encontro deve ser agendado para discussão da proposta.
"A segunda votação deve ser na semana que vem", afirma Teixeira. O Executivo precisa sancionar o texto, caso seja aprovado novamente pelos parlamentares. "Não consultei a prefeitura para saber se eles gostam ou não. Reuni ideias ao longo da minha vida dedicada ao assunto e montei um projeto que julgo essencial para São Paulo", disse.
Outros itens contemplados no "pacotão" do trânsito também podem alterar drasticamente a vida do paulistano - para o bem ou para o mal. Algumas dessas alternativas, aliás, nem estão diretamente ligadas ao tráfego nas ruas e avenidas. No artigo 12º, o projeto de lei estabelece um novo horário de funcionamento do comércio no interior do minianel viário (que compreende o Centro e entornos).
Seriam duas possibilidades: ou as lojas abririam por 24 horas ou obrigatoriamente das 10h às 21h, nem antes nem depois. "Com isso, os funcionários desses estabelecimentos não precisariam pegar o transporte coletivo no horário de pico. Muitos lugares abrem às 7h, mas não tem cliente nenhum nessa hora", argumenta o vereador.
O texto também traz outras inovações, como novas restrições para a carga e descarga de caminhões, a proibição de estacionamento no Centro em ruas no horário do rush e ainda a construção de uma espécie de rede de ciclovias ligando vários parques da cidade. Apesar de complexos, porém, muitos avanços sugeridos são carentes de detalhamento. O trajeto a ser usado pelas bicicletas, por exemplo, ainda não está claro para o vereador. "Devem ser ruas de bairro, mas ainda não sabemos quais. Isso demandaria um estudo posterior", afirma.
Fonte: UOL Notícias, 30 de novembro de 2009