Segundo Guanaes, os motoristas param irregularmente na lateral da pista para não pagar o estacionamento do aeroporto. Outra razão para utilizar o local como parada é a falta de vagas: o estacionamento tem 4.768 lugares e o movimento é de 10 mil carros por dia. Normalmente os motoristas estão esperando algum parente ou conhecido avisar pelo celular que desembarcou, para então ir até a área de desembarque apanhá-lo. Porém, ao saírem do acostamento, complicam a vida de quem trafega na rodovia, que tem velocidade de 60 km/h no trecho.
Nos horários de pico, entre as 17h e as 20h, o problema fica ainda mais visível. Na noite de quinta-feira, às 20h, havia uma fila de 300 metros. Embora muitos estivessem com o pisca-alerta ligado, a visibilidade era ruim e era preciso reduzir a velocidade para passar com segurança.
Para o analista de segurança do Centro de Experimentação e Segurança Viária, André Horta, vários fatores contribuem para o motorista perder a atenção no local. "Ele está preocupado com o acesso, com os carros ao lado e, ouso dizer, a maioria está falando no celular", diz.
Horta aponta algumas medidas que podem diminuir os riscos, como evitar a faixa da esquerda. No entanto, defende que a solução do caso passa, necessariamente, pela fiscalização: "não tem jeito, a Polícia Federal tem que controlar", diz ele.
Fonte: Jornal da Tarde, 30 de julho de 2011