Para Ismael Caetano, presidente do Instituto Parada Vital, ONG que administra os bicicletários, a queda dos empréstimos pode estar associada a uma mudança de comportamento.
"Com a promoção do uso da bicicleta como meio de transporte, muita gente experimentou com as bikes compartilhadas e depois acabou comprando uma. Aí, migrou para o sistema de estacionamento", diz Caetano.
Além disso, houve um processo de reposição que acabou diminuindo a oferta de bicicletas no sistema.
Segundo o instituto, no início de 2010, eram 350 bikes, mas o número chegou a cair para 200, devido a problemas de manutenção. Hoje são 400, e mais 300 entrarão no sistema em breve.
Os números fornecidos pelo instituto se referem a 15 bicicletários em estações de metrô e cinco em estacionamentos da rede Estapar, além de um em empresa no centro de São Paulo e outro em um terminal de ônibus em Santo André (ABC).
A Folha esteve nos bicicletários das estações Sé e Anhangabaú. Enquanto as bikes de aluguel eram praticamente ignoradas, os bicicletários estavam lotados.
"Se tivesse um bicicletário a cada esquina, eu nem andava mais de ônibus", diz Adriano Robert, morador da zona norte da cidade.
Fonte: Folha de S. Paulo, 26 de julho de 2011