O estudo considerou os dias úteis de um ano e tomou como base um carro de R$ 40 mil abastecido a gasolina. Ele levou em conta os custos fixos e variáveis de um carro, como IPVA, licenciamento e seguro obrigatório, estacionamento, combustível (preço médio de R$ 2,90), manutenção, probabilidade de acidente, depreciação do veículo e até consulta médica provocada por algum problema decorrente do estresse no trânsito.
"A probabilidade média de acidente no trânsito de São Paulo é de 50%, por ano, e a de ferimentos, de 0,27%. Além disso, o anda e para do tráfego nas grandes cidades é bastante prejudicial à saúde. Além do estresse, também pode agravar um resfriado e provocar dores no corpo. No estudo, eu considerei um gasto anual de R$ 150 com despesas médicas por causa do inconveniente de dirigir em São Paulo", disse Silva.
A comparação com a despesa de táxi foi feita com base no valor da bandeirada (R$ 4,10) e do quilômetro rodado (R$ 2,50). "Se a distância entre a casa e o trabalho for de até 12,1 km, compensa vender o carro, aplicar o dinheiro e usar o rendimento para completar a conta do táxi. Se trabalhar perto de casa, até 2,7 km, é possível manter o carro mesmo usando táxi diariamente", disse o economista do Ibmec.
Hábito
A publicitária Ilana Radetich já havia percebido a vantagem do táxi há muito tempo. "Morei em Londres (Inglaterra) e lá todos andam de táxi. Quando voltei ao Brasil, adotei esse hábito. Faço muitas reuniões com clientes em diversos endereços. De carro, eu iria perder muito tempo procurando vagas para estacionar. Em distâncias pequenas, é mais prático ir de táxi", disse. O economista Silva endossa a escolha feita pela publicitária. "Uma aplicação financeira no valor de R$ 40 mil com uma taxa de juros de 9% ao ano rende R$ 3.600 por ano. Esse valor pode ser usado para abater em mais de 50% a despesa com o táxi", afirma o professor do Ibmec.
Fonte: Diário de São Paulo, 1 de agosto de 2011