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O governo estadual vai começar a cobrar tarifas de pedágio por quilômetro rodado em rodovias paulistas a partir de novembro ou dezembro, de modo experimental. Um projeto-piloto testará o sistema com motoristas de Campinas, Indaiatuba e de uma terceira cidade ainda não definida, também do interior, por seis meses. A tarifa será calculada de modo proporcional, com base em quanto o motorista andou na rodovia. Quem usar 5 km da estrada, por exemplo, passará a pagar por essa distância, explica a Folha de S. Paulo.
Hoje, cobra-se um valor fixo em cada praça de pedágio; são 138 no Estado. O governo do Estado não revelou quais rodovias irá incluir no teste. Os motoristas receberão gratuitamente um "tag", dispositivo eletrônico a ser instalado nos carros que identificará a distância percorrida. As estradas, por sua vez, terão pórticos instalados a cada cinco ou dez quilômetros para mapear o tráfego. O pagamento ocorrerá por cartões de débito e crédito de forma pré ou pós-paga.
Expansão
A meta é ampliar o serviço para as principais estradas pedagiadas dois anos depois do início do projeto-piloto. Para ser viável economicamente, o sistema exige 80% de utilização pelos motoristas, segundo o governo. O Sem Parar, único mecanismo de cobrança eletrônica existente hoje, já é usado por metade dos motoristas que trafegam nas estradas. Enquanto o Sem Parar cobra R$ 66,72 pela adesão, o governo quer oferecer gratuitamente o dispositivo a ser instalado nos carros a fim de massificar a tecnologia. A intenção é difundir a cobrança por quilômetro rodado com o argumento que ela é mais justa, por ser proporcional ao uso, e que pode reduzir as tarifas. O conceito é dividir a conta entre todos os usuários. O projeto-piloto em Indaiatuba, por exemplo, tenta convencer os que só utilizam hoje um trecho da SP-075 e fogem da tarifa cheia do pedágio - R$ 10,10. Estão no alvo do governo estradas como Anchieta-Imigrantes, Bandeirantes, Rodoanel e Ayrton Senna.
Obstáculos
A adoção do sistema em larga escala tem obstáculos. O primeiro é que o modelo impõe o fim das praças de pedágio. Juntos, o sistema atual e o novo não sobrevivem, de acordo com a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias. Só que o governo pretende manter os dois sistemas em funcionamento, pelo menos a "médio prazo", por temer rejeição de usuários. O governo também precisará lidar com veículos de outros Estados. O ideal, portanto, seria que toda a frota do país contasse com o dispositivo eletrônico. O governo federal tem um projeto que pode dar conta do problema: a obrigatoriedade de chips em carros novos está prevista para começar a partir de 2012. O Estado de São Paulo, portanto, dependeria da concretização desse projeto.
Fonte: Folha de S. Paulo, 27 de julho de 2011

Categoria: Geral


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