Mas a vantagem ambiental não era o objetivo principal quando o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) resolveu investir na produção desse tipo de pavimento.
"A questão do reaproveitamento dos pneus veio como um agregado. Na realidade nós estávamos buscando uma qualidade melhor de pavimento com baixo custo", contou o presidente do DER, Henrique Ribeiro.
Entre as vantagens, a pista fica menos escorregadia em dias de chuva, o barulho quando os carros passam é menor e o asfalto ecologicamente correto chega a ser 40% mais barato que o tradicional. Além disso, a durabilidade é de ao menos o dobro do asfalto comum, segundo os engenheiros.
No primeiro teste do novo asfalto, em Cachoeiras de Macacu, 35 km de estrada serão pavimentados e a expectativa é de que tenha durabilidade de 20 anos. Em comparação, o pavimento comum teria uma vida útil de 10 anos. E até outros tipos de cobertura emborrachada durariam menos. Isso porque o produto feito na usina de Cachoeiras de Macacu tem um percentual maior de borracha.
"Permite que a gente faça massas muito mais ásperas, que durem mais e que tenham um efeito de segurança, conforto, qualidade bem grande", explicou o engenheiro Angelo Pinto, diretor de obras da Região Metropolitana do Rio.
Depois desse primeiro teste, todo o processo será normatizado e a ideia é que se espalhe pelo Estado.
Fonte: programa RJTV (TV Globo), 11 de dezembro de 2010