Os aparelhos que aferem a transparência dos vidros com película devem estrear nas blitze de fim de ano da rodovia Régis Bittencourt, afirmam os agentes federais consultados pela Folha de S. Paulo.
Em comunicado, porém, a PRF não confirma o local nem a data das blitze, argumentando que ainda finaliza a incorporação dos dois equipamentos ao órgão, que administra 62 mil km de estradas pelo País.
A tendência é que as fiscalizações se estendam também ao perímetro urbano.
Consultada, a Companhia de Policiamento de Trânsito de São Paulo diz que "estuda" a compra e a real eficiência do medidor, que custa R$ 8.500, nove vezes mais que um bafômetro.
Quem for flagrado guiando um carro com película mais escura do que o permitido poderá receber multa grave (R$ 127,69 e cinco pontos) e ter o veículo retido até a retirada do filme ilegal.
Visibilidade afetada
Para José Oka, supervisor de pesquisa do Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária), os vidros escuros reduzem a percepção de obstáculos e de pedestres por parte do condutor, principalmente à noite (e com chuva). Tanto que o Cesvi iniciará em 2011 um estudo para medir o impacto provocado pelas películas no trânsito.
Ainda assim, as novas tecnologias para o insulfilm aumentam a procura em lojas.
"Os mais modernos são os filmes antivandalismo (resistentes a pedradas) e os que filtram raios UV e infravermelhos, que reduzem a temperatura da cabine em até 9ºC", diz Elges Greco, da 3M.
Eles custam de R$ 290 a R$ 1.000 (em todos os vidros, o do para-brisa é transparente) e variam com a marca.
Fonte: BOL Notícias, 12 de dezembro de 2010