Em 2007, as rodovias tinham quase 400 equipamentos, que hoje estão desativados. Os radares irão flagrar excesso de velocidade, avanço de semáforo vermelho e até parada sobre a faixa de pedestre. Parte terá a atribuição de "dedo-duro" (lê as placas e aponta as irregularidades do veículo para a polícia parar o veículo) e será capaz também de multar, nas pistas simples, quem estiver na contramão - por exemplo, em uma ultrapassagem. A estimativa é que os equipamentos deverão detectar 3,47 milhões de infrações por ano - uma a cada nove segundos.
A difusão dos radares é defendida pela maioria dos especialistas devido à avaliação de que ajudam a reduzir as vítimas do trânsito - só nas rodovias federais há mais de 15 acidentes com mortes por dia.
Com a nova contratação, as estradas federais vão ganhar, em média, um radar a cada 23 km de sua malha. Na capital paulista, a Prefeitura mantém hoje um a cada 41 km. O número de aparelhos será mais de 600% superior ao que era mantido pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) - e que foi desativado há dois anos, devido ao término do contrato. A Abramcet estima que no País todo (tanto em áreas urbanas como em estradas) existam hoje 3.500 radares operando. A fiscalização será instalada em todos os Estados. Mas não abrange a malha federal concedida a partir de 2007 à iniciativa privada.
Em São Paulo, Régis Bittencourt e Fernão Dias estarão fora, mas haverá radares no trecho federal da Rio-Santos, como em Ubatuba (litoral norte).
Fonte: Folha de S. Paulo, 30 de agosto de 2009