O início da fiscalização ocorre mais de seis meses depois do começo, em fevereiro, das inspeções para carros e motos. Organizada a pedido da Secretaria do Verde, a blitz da PM teve como foco os veículos com placas de finais de 1 a 4, cujo prazo para a inspeção ambiental terminou em julho.
As 18 multas desta semana foram as primeiras do programa. "Ninguém fica feliz por multar as pessoas e apreender o carro. Mas fico satisfeito pelo grande porcentual de carros regulares que foram encontrados (na fiscalização)", afirmou o secretário do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge. Ele considerou o porcentual de autuações, de 15,25%, um sinal de que a adesão dos motoristas à inspeção está crescendo.
Para os motoristas autuados, o prejuízo não vai ser pequeno. Quem não realiza a inspeção ambiental tem de arcar com multa de R$ 550,00, valor que pode ser duplicado se o carro não estiver licenciado. Nesse caso, o proprietário será autuado em mais R$ 191,54, levará para casa sete pontos na carteira de motorista e terá o carro guinchado para um pátio da CET, que cobra R$ 375,00 para remoção do veículo e R$ 125,00 para guinchar motocicletas. Somando-se a esses valores as diárias pela estada em um pátio, o prejuízo total de ser flagrado em uma blitz da inspeção ambiental chega a cerca de R$ 900,00 para motos e a mais de R$ 1.200,00 para automóveis, considerando um período de quatro dias no pátio.
E há mais: segundo o tenente Rui Feitosa, do 34º Batalhão, o Detran terá de dar aval para liberar o veículo do pátio. O proprietário precisará obter um "memorando de liberação do veículo". Com esse documento e as taxas pagas, o motorista vai ao pátio e pega o veículo para a inspeção ambiental. Mas não poderá circular com o carro até que o veículo esteja totalmente regularizado. Ou seja, terá de voltar ao Detran para consumar o licenciamento.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 29 de agosto de 2009