A quantidade de famílias que acreditam não ter condições de pagar total ou parcialmente suas contas nos próximos meses também subiu de 5% em julho para 8% em agosto. Segundo Adelaide Reis, economista da Fecomercio, o resultado de agosto deve-se à elevação da massa real de salários (cresceu 3,2% em julho de 2009 em comparação a julho de 2008), ao aumento do prazo médio do financiamento ao consumidor e à redução das taxas de juros dos financiamentos oferecidas pelos bancos públicos, fruto do corte no spread. Soma-se a isso o fortalecimento da confiança do consumidor no desempenho da economia nacional.
Dentre as modalidades de crédito disponíveis, o cartão de crédito continua sendo a mais utilizada pelo paulistano. Em agosto, o cartão de crédito foi responsável por 65% das dívidas assumidas pelas famílias da cidade de São Paulo, contra 61% em julho. Já a utilização do cheque especial passou de 8% em julho para 9% em agosto. Os carnês permanecem estáveis com 38% das dívidas contraídas este mês e o crédito pessoal segue com 12%.
Na contramão da expansão do crédito, também cresceu o porcentual de consumidores que não pretendem contrair dívidas nos próximos meses, de um total de 90% em julho para 92% em agosto. Os que planejam comprar a crédito no futuro próximo representam apenas 7% dos consumidores entrevistados este mês.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 26 de agosto de 2009