O resultado é o caos urbano logo pelas manhãs, situação que se repete no início das noites. A tendência é a piora no futuro próximo, caso o número de veículos nas ruas continue a crescer na mesma proporção dos últimos dois anos. Hoje, a região tem um veículo para cada 2,5 habitantes. São Caetano lidera o ranking de cidade mais motorizada, com uma relação de 1,6 morador para cada automóvel ou moto.
Na região, as soluções já sugeridas não foram colocadas em prática ou ainda não apresentaram efeitos concretos. São os casos da redefinição de mão das Avenidas Industrial e Dom Pedro II, em Santo André, ou do plano São Bernardo Moderna. Do Consórcio Intermunicipal vem o recado: a malha viária do Grande ABC não tem como ser expandida.
A aposta das autoridades é modesta diante do tamanho do desafio: um plano integrado para incentivar o uso do transporte público, que também necessita de melhorias.
Para Consórcio, questão deve ser vista regionalmente
Na opinião do prefeito de São Caetano e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, José Auricchio Junior, apenas com ações integradas e com o incentivo ao uso do transporte público as cidades da região poderão lidar com o problema do trânsito nos horários de pico.
"A questão do trânsito no Grande ABC não pode ser vista de forma isolada. Um congestionamento em São Bernardo, por exemplo, reflete nas cidades vizinhas", destacou Auricchio.
Para o secretário de Mobilidade Urbana de São Caetano, Marcelo Ferreira de Souza, além do incentivo ao uso de rotas alternativas, uma solução de mais longo prazo é o investimento em formas de transporte alternativo.
Fonte: Diário do Grande ABC (SP), 30 de agosto de 2009