A ideia de construir garagens públicas para substituir as áreas de zona azul é antiga. Na gestão Kassab, embora muito tenha sido anunciado, nada foi feito até agora. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) chegou a elaborar estudos que apontavam os locais onde há necessidade de garagens. O estudo foi descartado. Agora, a EBP vai elaborar novos estudos de tráfego, fluidez, demanda, origem e destino dos veículos para definir a política geral de estacionamentos para a cidade, além de elaborar os editais das licitações das obras. Os modelos arquitetônico e econômico para a construção das garagens também serão definidos pela empresa. "O projeto anterior previa apenas garagens verticais, mas cada local tem sua peculiaridade. Algumas serão verticais, outras, subterrâneas, outras, automatizadas", disse Marcos Cintra, secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho.
A ideia, diz ele, é que a prefeitura não gaste com a construção das garagens. O que nem sempre será viável. "Em lugares onde a demanda é constante, como a região central, uma concessão simples pode viabilizar. Em outros, como o Ibirapuera, onde a demanda é praticamente só no fim de semana, pode ser uma PPP (parceria público-privada), onde a prefeitura subsidia ou até banca uma parte", disse. Segundo Cintra, a prioridade será para garagens perto de terminais de ônibus e estações de metrô. A EBP terá sete meses para elaborar o projeto. A empresa pode receber até R$ 8 milhões, caso a prefeitura adote suas propostas. Quem vencer a licitação será responsável pelo pagamento.
Fonte: Folha de S. Paulo, 22 de abril de 2011