"A bebida alcoólica, a droga, a fadiga e o sono são os fatores principais que vão desencadear esses acidentes de fim de semana, que são gravíssimos", explica Dirceu Rodrigues Alves, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
A Secretaria de Transportes afirma que tem investido em câmeras de monitoramento de trânsito, placas de sinalização e faixas de pedestre, além de diminuir e padronizar a velocidade em ruas e avenidas importantes, movimentadas e onde os acidentes fatais não são raros. No Corredor Norte-Sul, por exemplo, o limite de velocidade foi reduzido de 80 para 70 km por hora.
"Todas as cidades do mundo onde há um programa efetivo e eficiente de redução do número de acidentes e mortes no trânsito fizeram um estudo e uma readequação para baixo da velocidade máxima permitida por dois motivos. Primeiro, porque você reduz a possibilidade de acidente. O tempo fica mais adequado à reação. A segunda questão é que, havendo um acidente, ele tem um potencial de gravidade muito reduzido. É significativamente menor quando você reduz dez quilômetros por hora, por exemplo, nessa velocidade máxima", reforçou o diretor da Abramet.
Os números apontam para uma cidade com trânsito violento, muito distante do que espera o público que vive na cidade.
"Como melhorar essa relação motociclista-motorista? Primeiro, tentando acabar com nossa impunidade generalizada que temos em relação ao trânsito; segundo, melhorando nossa habilitação tanto de condutores de veículos como de motos; terceiro, fazendo campanhas para todos: pedestres, motoristas e motociclistas. Nós temos condições de ter um trânsito muito mais seguro do que temos até hoje", afirma o presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos, Ailton Brasiliense.
Na capital paulista, as marginais Tietê e Pinheiros são as que concentram o maior número de acidentes de trânsito com mortes. E é no Centro da cidade que acontece a maior parte dos atropelamentos com mortes.
Fonte: programa Bom Dia Brasil (TV Globo), 20 de abril de 2011