A primeira parte do pacto, válido desde 1º de janeiro, prevê o uso pelas frotas de ônibus dos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro do S-50, um diesel com 50 partes de enxofre por milhão (ppm), enquanto a maior parte do País passará a consumir o S-1800 (1800 ppm).
Inicialmente, a estatal importará o diesel necessário para atender a demanda de São Paulo e Rio, já que não produz o S-50, mas para se livrar das importações já havia informado que iria investir US$ 4 bilhões na produção de S-50. Durante evento em São Paulo para divulgar a implementação do S-50, um comunicado divulgado pela companhia indicou investimentos de mais US$ 2 bilhões para o S-10, com menos emissões que o S-50, com previsão de fornecimento desse combustível a partir de 2013.
"Os US$ 4 bilhões serão investidos em 11 unidades. Todas terão hidrotratamento (para a extração do enxofre)", disse o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Os US$ 2 bilhões que completam os US$ 6 bilhões, segundo Costa, serão investidos em equipamentos para aumentar a capacidade das refinarias de reduzir o enxofre, disse Costa.
Os projetos ainda estão sendo detalhados, mas provavelmente o parque de refino de São Paulo deve ser beneficiado com a tecnologia para o S-10, pois o Estado usa 50% do diesel consumido no País, segundo Costa.
A refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, está realizando testes de produção do S-50, numa tentativa de antecipar a oferta do produto nacional ainda para este ano.
Fonte: agência Reuters, 13 de janeiro de 2009