Segundo o diretor-executivo da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), Moacyr Alberto Paes, o atual nível de emissão de poluentes de motos pode chegar a até seis vezes mais do que o nível dos carros. A falta de espaço no veículo de duas rodas para instalar filtros, tratar o escapamento e motor é apontada como uma dificuldade técnica para fazer das motos instrumentos mais ecológicos.
O Promot (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares) começou somente em 2003 a refinar técnicas para restringir a emissão de monóxido de carbono. Apesar de, em 2009, o Promot ter imposto restrições ainda mais severas de emissão de poluentes das motos, ele se refere somente à produção e venda de veículos novos.
De acordo com estudo da Cetesb, 49,8% das motocicletas que circularam em 2008 na região metropolitana de São Paulo não tiveram controle de emissões, pois foram produzidas antes do programa entrar em vigor. Outros 16,2% atenderam à fase 1 do programa e 34% à sua fase 2, com restrições mais leves.
De acordo com dados da Cetesb referentes a 2008, o Estado de São Paulo apresenta a maior frota automotiva registrada do Brasil, com 18,3 milhões de veículos automotores. Desses, 3,5 milhões são motocicletas, 1,1 milhão são movidos a diesel, e 13,7 milhões são outros veículos movidos a gasolina, álcool e gás.
Fonte: Folha Online, 14 de setembro de 2009