Os líderes dos sindicatos dos choferes bolivianos, que reúnem 150 mil pessoas, também fizeram uma greve de fome. Os grevistas argumentam que um decreto promulgado pelo presidente Evo Morales em fevereiro é abusivo por punir com a perda definitiva da carteira de habilitação os motoristas de ônibus flagrados dirigindo alcoolizados.
O governo disse estar disposto a negociar, mas se recusou a alterar o decreto. Além disso, Morales anunciou que deve estender a punição de perda da carteira a todos os motoristas do país. Para o presidente boliviano, a reivindicação dos sindicalistas de que a lei seja suspensa não é legítima porque "mostra um desrespeito com a vida dos passageiros".
Cerca de mil pessoas morrem em acidentes de trânsito todos os anos na Bolívia e as estradas do país estão em péssimo estado. O decreto contra a combinação "álcool e direção" foi assinado após uma onda de acidentes que deixou quase cem mortos em um mês.
Fonte: France Presse, em La Paz, 5 de março de 2010