Infração não cometida (abril/2008)
A leitora Ozíris de Almeida Costa, da Capital paulista, escreveu ao Estado de S. Paulo: "No dia 20/4/07 recebi da CET uma notificação de infração de trânsito, por estacionar junto a ponto de embarque/desembarque de transporte coletivo no dia 31/3. Não cometi a infração e pedi sua anulação ao DSV, informando estar em viagem ao Exterior de 28/3 a 10/4; anexei as passagens aéreas (ida-e-volta) da KLM e os carimbos, no passaporte, de entrada e saída de Bucareste. O carro ficou na garagem; moro com a minha mãe, deficiente física de 82 anos, e um tio de 65 anos, portador da Síndrome de Down, e a empregada não sabe nem ligar o carro. Protocolei o pedido em 27/4/07 e em 8/6 recebi nota mantendo a autuação. Entrei com recurso no DSV, indeferido pela Jari e em 29/7. Paguei então a multa e recorri em 2.ª instância ao Cetran, em 16/8, com os mesmos argumentos - e novo indeferimento em 9/10. Não entendendo a razão da recusa, pensei que o carro poderia ter sido clonado e fui me informar no end. eletrônico falecom9@cetsp.com.br. Responderam, em 21/10, que não há órgão específico para isso, me sugerindo escrever para ssampaio@cetesp.com.br, e-mail da assessora da presidência da CET (antes disso eu enviara um e-mail ao Cetran, que respondeu ter enviado o caso para o setor responsável, e que eu esperasse um retorno. Como nada recebi até 4/1, enviei o caso para a assesssora - e até hoje (carta de 23/3) não tive resposta. Creio que o comportamento responsável e ético no trânsito (e nas demais situações da vida em uma comunidade) é o único caminho para o bem viver e para a justiça social. O que reivindico não é o perdão da multa, mas o direito de saber o motivo pelo qual fui multada".
A CET responde: "Em atenção à reclamação da leitora, informamos que o pedido para vistas ao processo em 1.ª instância deve ser feita diretamente ao diretor do DSV. E a solicitação para vistas ao processo em 2.ª instância deve ser feita diretamente ao presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), no prédio do Detran, Av. Pedro Álvares Cabral, Ibirapuera/SP".
Brigitte Dagan, da Vila Nova Conceição, escreveu ao Estado de S. Paulo: "Quero cumprimentar a equipe da Divisão de Educação de Trânsito do Detran de São Paulo, lotada no 7.º andar. Tive o direito de dirigir suspenso por penalidade administrativa (excesso de pontuação, mais de 20 pontos no prontuário), e, como determina a lei, tive de fazer o curso de reciclagem, no caso, no Detran de SP, onde conheci instrutores maravilhosos, que dedicam parte do seu tempo a tentar fazer com que nos tornemos pessoas melhores. Se todos os condutores de veículos motorizados do Brasil tivessem aulas com os soldados Murilo, Rivera, Sérgio, Patrícia Bispo e cabo Nascimento, e tivessem o prazer de conhecer a soldado Liliane e ouvir o major Sergio, com certeza não cometeriam mais as atrocidades que cometem hoje no trânsito, e muitas vidas seriam poupadas. Aos demais, cujo nome não mencionei, peço desculpas".
Fonte: O Estado de S. Paulo, abril de 2008