"É mais caro que o valor que cobro por um frete com caminhão-baú de São Paulo a Jundiaí", disse o motorista, ao retirar o veículo em um dos seis pátios que recebe os carros apreendidos na cidade. Pelo frete mencionado, ele cobra R$ 380. Além do guincho, Givaldo teve de pagar R$ 32,40 pela diária no pátio, a inspeção veicular e a taxa para o licenciamento de seu Voyage, no valor de R$ 254.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a Polícia Militar, foram guinchados 62 veículos, em média, por dia na capital em 2010: 14.414 carros e 8.171 motos. Para motos, a taxa cobrada pela Prefeitura é de R$ 137,55. A CET explica que o valor é tabelado e atualizado pelo decreto 52.040/2010.
Travessia
Na Guincho Express, empresa da Vila Prudente, zona leste, a saída mais barata para a remoção de veículos custa R$ 100. O serviço mais caro, quando o guincho precisa, por exemplo, carregar um carro do extremo sul da capital até São Mateus, na zona leste, não passa de R$ 320. Na Capitão Guincho, empresa da Pompeia, zona oeste, o valor mínimo também é R$ 100. Para uma travessia entre Parelheiros, extremo sul, e Guaianases, no extremo leste, o serviço custa R$ 230.
A CET apreende automóveis estacionados em locais proibidos, em frente de garagens ou que atrapalhem o trânsito. Em 2010 foram 5.655. A PM pode apreender motos e carros, durante blitze, que estiverem, entre outros casos, com documentação irregular ou com motoristas sem habilitação. Foram 16.930 no ano passado.
Fonte: Jornal da Tarde, 4 de abril de 2011