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Em Ourinhos, no centro-oeste paulista, a Justiça Federal determinou que a partir do dia 26 de novembro os maquinistas diminuíssem o volume das buzinas ao passar pela cidade. "É alto de incomodar mesmo", afirma a professora Dulcinéia Silvestrini Martins. Pelo Interior de São Paulo passam as composições que vêm do centro-oeste, o maior produtor de grãos do Brasil. Por lá também saem os trens carregados com álcool produzido na região. Com as ferrovias congestionadas, alguns pátios têm ficado cheios de vagões que aguardam a hora de seguir viagem. A reportagem é do Jornal da Globo.
Alguns precisam esperar no meio do caminho porque no porto tem fila de trem para descarregar. Uma carga com duas mil toneladas de açúcar ficou esperando mais de cinco dias em Botucatu, atraindo milhares de abelhas.
A concessionária que administra 16 mil km de linhas férreas no Brasil aumentou em 10% o volume transportado até agora em comparação ao ano passado.
Por causa do tráfego intenso, precisa fazer paradas estratégicas. "A gente vai cadenciando os trens conforme a oferta no porto. O navio chegou, vai levar açúcar, a nossa prioridade é o açúcar", explica o gerente, Fábio Fonseca.
Para o economista Reinaldo Cafeo, perdem não só os vizinhos com o barulho, mas também os exportadores, que sofrem com os atrasos no embarque da carga. A solução é planejar o crescimento.
"Quando nós pensamos num país a longo prazo, os investimentos tanto do setor público quanto do privado têm que convergir para dar sustentação, caso contrário, você terá sempre sobressaltos, você cresce, mas é obrigado a recuar, porque essa infraestrutura não acompanha essa velocidade."
Fonte: Jornal da Globo, 1º de dezembro de 2009

Categoria: Geral


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