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Logo na catraca, uma mulher tem problemas para encontrar o cartão e forma uma quase-fila atrás de si, na estação Santa Cecília do metrô, região central de São Paulo. Outros desrespeitos a regras simples de convivência se enfileiram: uso indevido do elevador e dos bancos preferenciais, burlas para tentar entrar primeiro no trem, desencontros no desembarque. Na Sé, um homem ocupa todo o degrau da escada rolante, onde o fluxo deve ficar livre na esquerda para quem tem mais pressa.
Tudo isso foi observado dia 10 pela reportagem da Folha, fora do horário de pico - das 15h às 16h - na linha 3-vermelha.
Na véspera, pela primeira vez houve registro de briga entre passageiros - iniciada por um não ceder espaço ao outro na escada rolante -, levando a confusão generalizada e interrupção da linha 4-amarela por 23 minutos, conforme a Folha noticiou.
Bruno Daniel de Souza já viu dois passageiros "saírem no tapa" porque um deles esbarrou no outro no embarque e desembarque.
Esse é o motivo mais comum de brigas e reclamações, segundo a percepção do vigilante Antonio Lopes, que trabalha na estação Sé. "Quem mais reclama é quem está com mais pressa: um xinga, olha feio para o outro e, se tiver bagunça, vamos tentar conter."
Pancadão
A enfermeira Renata Simões presenciou, há duas semanas, um homem dando um murro no nariz de outro que ouvia um funk "pancadão" ao lado e se recusava a baixar o volume do som.
Segundo o Metrô, o volume de músicas será alvo da Campanha de Cidadania deste ano pela primeira vez - além do respeito no embarque e desembarque, ao público preferencial, ao fluxo nas escadas rolantes e limpeza, também alvo de campanhas do grupo CCR, responsável pela linha 4-amarela.
O índice de desentendimentos notificados no Metrô é de 0,1/milhão de passageiros.
Superlotação
A superlotação leva às desavenças entre passageiros do metrô, na opinião do especialista em transportes Sergio Ejzenberg.
"Tratam-se de pessoas levadas a situação extrema de falta de civilidade e perda total de paciência pelas condições subumanas. Ficam como sardinha em lata todos os dias: uma hora alguém explode e a massa pode entrar em paranoia."
Ele aponta o risco de pisoteamentos no sistema metroviário mais lotado do mundo, com dez pessoas por m². "Tem que pedir a todos para colaborar. Vamos conviver com isso bastante tempo, até que haja investimento em transporte de massa", afirma.
"A gente tem lotação, é um fenômeno urbano, mas temos, em contrapartida, a colaboração das pessoas", diz Cecília Guedes, chefe do Departamento de Relacionamento com o Cliente do Metrô.
Fonte: Folha de S. Paulo, 11 de abril de 2012

Categoria: Geral


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