Parking News

O pacote de restrições a caminhões tirou ao menos 100 mil desses veículos das marginais e do centro expandido de São Paulo, mas a cidade continua sofrendo com as intervenções no trânsito provocadas por incidentes envolvendo veículos de carga, constata reportagem do Jornal da Tarde. Em 2008, período com seis meses de restrição e a outra metade sem, foi registrada uma média mensal de 118 casos de interferências nas vias por causa de caminhões tombados, com excesso de altura, que derrubaram carga na pista ou que se acidentaram quando transportavam carga perigosa. Neste ano (com restrições), a média é de 117 - variação de 0,8%.
As intervenções por causa de incidentes com caminhões são as mais prejudiciais para o trânsito. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) calcula que um desses veículos bloqueando faixas da Marginal do Tietê, por exemplo, provoca uma lentidão de 3 km a cada 15 minutos. Para remover um caminhão que derrubou carga na pista, a CET leva em média, durante os dias úteis, 1 hora e 4 minutos - 11 minutos em deslocamento e 53,4 minutos para a remoção (ressalvando que há variáveis como chuva, congestionamento, tamanho do caminhão e posição após o acidente). Em casos de caminhões com excesso de altura, são necessários 20 minutos de deslocamento e 40 minutos para a remoção. São esses casos os responsáveis por manter alto o índice de intervenções nas vias envolvendo veículos de carga.
A média mensal de incidentes com altura neste ano subiu 17,8%, passando de 73 no ano passado para os atuais 86. A quantidade de casos havia apresentado uma redução em janeiro e fevereiro, mas houve alta na sequência, chegando a um pico de 128 em maio. Para o engenheiro e consultor de trânsito Alexandre Zum Winkel, que atuou por 20 anos no setor de engenharia de tráfego da CET, a principal explicação para o crescimento no número de acidentes com caminhões com excesso de altura é a necessidade de se driblar as restrições e também a fuga de congestionamentos. "Mas nas novas rotas a altura da fiação não é a mesma. Isso causa um enorme problema nas vias periféricas, que nem são registradas. Há muita queda de fiação da Eletropaulo e de telefone."
Fonte: Jornal da Tarde (SP), 16 de julho de 2009

Categoria: Geral


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