À exceção das marginais, a estrada do M Boi Mirim foi a via que registrou o maior número de mortes (20). Do total de vítimas, nove foram atropeladas, seis eram motociclistas e as outras cinco conduziam ou ocupavam carros, caminhões ou ônibus.
Os dados compilados pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.
A estrada do M Boi Mirim e a avenida Senador Teotônio Vilela foram as únicas do ranking que tiveram aumento no número de mortes em 2012, em relação a 2011.
Sinalização
A reportagem percorreu toda a extensão da M Boi Mirim, nos dois sentidos, e verificou a existência de falhas de sinalização.
Foram encontrados semáforos de veículos e de pedestres quebrados, faixas de travessia de pedestres parcialmente apagadas e até um poste que encobre uma placa de proibição de estacionar.
Para o presidente do Centro de Defesa das Vítimas de Trânsito, Lúcio Almeida, como o principal problema na M Boi Mirim é a sinalização inadequada, a prefeitura tem responsabilidade sobre o alto número de mortes.
"A imprudência dos motoristas se dá por causa das falhas de sinalização na M Boi Mirim. Como falta orientação, ninguém respeita as leis de trânsito", afirma Almeida.
As marginais Tietê e Pinheiros, maiores corredores viários da cidade, continuam no topo da lista de mortes.
Segundo especialistas, isso ocorre devido à estrutura de "rodovia" dessas vias - alto fluxo de veículos, velocidades mais elevadas e ausência de pontos de travessia.
A assessoria da CET informou, por meio de nota, que técnicos vão vistoriar os problemas de sinalização na estrada do M Boi Mirim apontados pela reportagem e realizar consertos necessários.
Fonte: Folha de S. Paulo, 21 de março de 2013