O projeto é diferente das chamadas "ciclorrotas", adotadas na gestão passada sem que fossem bem recebidas por ativistas das bicicletas. Nas ciclorrotas, algumas vias de um bairro têm o limite de velocidade reduzido e há sinalização indicando que ali existe uma via compartilhada entre carros e bicicletas. Os exemplos ficam nos bairros do Brooklin, de Moema, do Butantã, da Mooca e da Lapa, somando quase 55 quilômetros.
Já as "zonas 30" não têm essa divisão viária. Assim que o automóvel entra em um bairro, a sinalização indica que a região toda tem o limite reduzido. Mas a medida não vale em vias arteriais que cruzam essas regiões. As placas ficam nas esquinas.
Histórico
A ideia nasceu em 1993 na Europa e foi disseminada por diversos países. Só Paris, na França, tem 50 bairros "zona 30".
O secretário Tatto não detalhou se haverá radares fiscalizando os automóveis dentro das zonas 30. E ressaltou que ainda não há um cronograma para instalação das áreas de proteção ao ciclista. Tudo vai depender, diz ele, da escolha do bairro onde o projeto será implementado.
O urbanista Ricardo Correa lembra que, pelo Código Brasileiro de Trânsito, as ruas residenciais já têm o limite máximo estabelecido em 30 km/h. Mas afirma que a geometria das vias faz com que o motorista, instintivamente, dirija acima dessa velocidade. "É como a lei antifumo, que só pegou porque a fiscalização foi intensa."
Fonte: O Estado de S. Paulo, 19 de março de 2013