Embora estes veículos "verdes" custem milhares de dólares a mais do que os convencionais, um fato que poderia desestimular muitos consumidores, os benefícios de longo prazo são maiores que os custos iniciais, destacou o relatório da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (NAS, na sigla em inglês).
O estudo prevê futuros automóveis e pequenos caminhões capazes de circular 42,5 km com um litro de combustível.
Veículos com tecnologias mais eficientes - mais leves, com design mais aerodinâmico - poderiam se combinar com fontes de energia alternativas, como biocombustíveis, eletricidade ou hidrogênio, reduzindo o uso do petróleo em 80% até 2050, ressaltou o informe.
Não há uma única solução prevista, mas entre os combustíveis incluídos estão o etanol e o biodiesel, que já são produzidos em quantidades comerciais. O gás natural foi descartado pois suas emissões de gases de efeito estufa são altas demais.
O estudo também destacou "um potencial muito maior" nos combustíveis produzidos a partir de resíduos de madeira, palha de trigo e milho, conhecidos como combustíveis de biomassa lignocelulósica.
O estudo examinou os veículos elétricos híbridos, os veículos elétricos "de tomada" e os veículos elétricos a bateria que já estão no mercado, como o Toyota Prius e o Chevrolet Volt, assim como os veículos elétricos a pilha de hidrogênio, como o Mercedes F-Cell, cujo lançamento ao mercado está previsto para 2014.
Segundo a pesquisa da NAS, durante pelo menos uma década os preços dos veículos permanecerão altos, embora o combustível para fazê-los funcionar seja mais barato e mais ecológico.
Ainda assim, o estudo disse que os benefícios para a sociedade em termos de economia de energia, melhores veículos, redução de consumo de petróleo e baixa das emissões de gases de efeito estufa seriam "muito maiores do que os custos projetados".
As metas estabelecidas serão "difíceis mas não impossíveis de cumprir", desde quando se orientem por fortes políticas nacionais, disse o estudo patrocinado pelo Departamento de Eficiência e Energias Renováveis do Departamento de Energia dos Estados Unidos.
Fonte: Agência AFP, 18 de março de 2013