Contudo, a taxa de homicídios apresentou tendência de queda, enquanto a mortalidade no trânsito se manteve estável de 1999 a 2007. A estabilidade com números tão altos é um mau sinal, segundo Michael Reichenheim, autor principal do relatório sobre a violência feito para a série. O artigo também é assinado pelos professores Michael Reichenheim, Edinilsa Souza, Claudia Moraes, Maria Helena de Mello Jorge, Cosme Passos da Silva e Maria Cecília Minayo.
"A gente se esforça para não usar o termo acidentes; são lesões e óbitos relacionados ao trânsito", disse Reichenheim, que é professor do Instituto de Medicina Social da UERJ, ao G1. A ideia é deixar claro que essas mortes podem ser evitadas com melhorias na malha viária. Naturalmente, a falta de prudência também é citada entre os fatores que aumentam os números.
Os pedestres são os que mais morrem - sobretudo por causa dos idosos -, e em segundo lugar aparecem os ocupantes de carros. Logo em seguida vêm os motociclistas, que trazem os números mais impressionantes: entre 1991 e 2007, houve crescimento de 820% na mortalidade deles, e a taxa "deve estar aumentando ainda", segundo Reichenheim.
O especialista ressalta que os dados analisados são de 2007. De lá para cá, houve a implantação da lei seca e, segundo ele, "há expectativa de redução".
Fonte: portal G1, 10 de maio de 2011