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Abastecer com álcool voltou a ser mais vantajoso do que com gasolina nos Estados de Goiás, Mato Grosso e São Paulo, segundo levantamento feito entre os dias 8 e 14 de maio pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Nos demais Estados, a melhor opção continua sendo a gasolina. Com a forte queda do álcool, os preços médios praticados pelos postos paulistas (R$ 1,958) equivalem a 69% do valor pago pela gasolina (R$ 2,801). Já em Goiás, a proporção é de 68%, com o álcool a R$ 2,108 e a gasolina a R$ 3,092. No Mato Grosso, o etanol custa em média R$ 2,043 e a gasolina R$ 2,982, conforme o UOL Notícias.
A utilização do etanol passa a ser vantajosa quando o produto fica abaixo de 70% do valor da gasolina, o que não vinha ocorrendo neste período de entressafra.
Capital paulista
Levantamento publicado no último sábado na Folha já apontava a mudança. Pesquisa em 50 postos de São Paulo indicou que o álcool hidratado teve recuo médio de 9,2% na semana passada, enquanto a gasolina passou a custar 1,3% menos. Os preços médios praticados pelos postos paulistanos equivalem a 69% do valor pago pela gasolina.
A recomendação do governo para que a distribuidora BR reduzisse os preços da gasolina e do álcool surtiu efeito. Vários estabelecimentos da rede reduziram os preços da gasolina em 4%.
As maiores quedas do derivado de petróleo, no entanto, ocorreram na rede Esso, controlada pela Cosan, a maior produtora de álcool do país. A gasolina chegou a cair 8% nesses estabelecimentos.
Já a queda do álcool hidratado ficou mais bem distribuída entre os postos das diversas redes, vários deles com redução acima de 10% na semana. Algumas quedas chegaram a 18%.
A queda de preços dos combustíveis deverá continuar. Alguns donos de postos afirmaram à Folha que devem reduzir ainda mais os valores a partir de segunda-feira, dia 23, quando receberão combustíveis com preços abaixo dos do estoque atual.
Safra
A queda nos preços da gasolina ocorre porque a entrada da safra da cana permitiu uma oferta maior de álcool anidro, misturado ao derivado de petróleo. O mesmo ocorre com a retração nos preços do álcool hidratado, que também teve oferta maior devido ao avanço da safra.
Se o preço cai nos postos, despenca na usina. O álcool anidro, que já havia caído 21% na semana passada, teve recuo de 25% nesta.
O hidratado recuou 9%, segundo pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Mirian Bacchi, coordenadora das pesquisas de etanol do Cepea, afirma que a migração dos consumidores de carro flex para o álcool, e o consequente aumento da demanda por esse combustível, manteve os preços do hidratado firme nos últimos dois dias.
Diante da queda acentuada do álcool anidro nesta semana, é provável que o ritmo de recuo dos preços da gasolina nos postos seja mais acentuado do que o do álcool, que deve registrar demanda maior nas bombas.
Fonte: UOL Notícias, 16 de maio de 2011

Categoria: Geral


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