Outro exemplo do desrespeito à determinação é o elevado número de multas aplicadas a veículos de carga no ano passado por transitar em local/horário não permitido: 399.943. Ou seja, 1.095 por dia. Em recursos, a Prefeitura arrecadou, no mínimo, R$ 34 milhões com essas autuações (R$ 85,13 cada uma). Isso sem contar com o fato de que reincidências geram penalidades em dobro.
Para o Sindicam-SP (Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo), o grande número de infrações ocorre porque simplesmente muitas empresas preferem absorver o prejuízo com as autuações do que perder seus clientes e os fretes.
"Os autônomos não podem fazer isso, mas as empresas recebem as multas, não indicam o nome do condutor para que ninguém receba os pontos na carteira e repassam o custo da autuação para o frete", afirma Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicam-SP.
O Setecesp (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo) não admite essa prática, mas motoristas ouvidos pelo Diário, na condição do anonimato, confirmaram que muitas vezes há determinação para furar a restrição.
Fonte: Diário de S. Paulo, 4 de março de 2013