Parking News

Por 13 anos, o Sem Parar, serviço de pagamento eletrônico de pedágios, reinou absoluto no Estado de São Paulo, o maior mercado do Brasil para quem quer, de alguma forma, ganhar dinheiro com o fluxo de veículos. Só no território paulista são mais de 6,4 mil quilômetros de rodovias administradas pela iniciativa privada e 15,6 milhões de automóveis. A reportagem é de O Estado de S. Paulo.
Sozinho no Estado, com 2,1 milhões de clientes que usam o seu "chip" para não ter de entrar na fila nas praças de pedágio, o Sem Parar oferecia, até pouco tempo, apenas um plano de assinatura e nunca havia feito anúncios publicitários. O monopólio permitia coisas desse tipo. Do faturamento de R$ 513 milhões em 2012, 57% veio das rodovias paulistas. Mas a vida dos executivos da STP, empresa que controla o Sem Parar em São Paulo e as marcas Via Fácil e Onda Livre em outros nove Estados, ficou mais difícil a partir deste ano.
O primeiro concorrente começou a operar nas rodovias paulistas em janeiro. Com a bandeira Auto Expresso, a empresa fluminense DBTrans chegou ao mercado com planos pré-pagos e mensalidades mais baratas, de R$ 6 - quase metade do que a cobrada pelo Sem Parar. No restante do País esse mercado é aberto à concorrência, mas em São Paulo dependia de uma regulamentação da agência de transportes do Estado, a Artesp.
Daqui a duas semanas, será a vez da ConectCar, uma rival que tem por trás sócios tão poderosos quanto a STP, cujos donos são as próprias concessionárias de rodovias: CCR, CCBR Catel, Ecorodovias, GSMP e OHL Brasil. A nova concorrente foi criada em agosto do ano passado a partir de uma joint venture entre Odebrecht e o grupo Ultra/Ipiranga. A ConectCar chega com um modelo de negócio diferente, de olho nos motoristas que passam eventualmente por rodovias pedagiadas e que não têm interesse de pagar uma mensalidade para dispor do serviço de pagamento eletrônico. Como o valor do pedágio é repassado integralmente para as concessionárias, a receita da empresa virá basicamente de uma taxa de recarga do chip, que pode variar de R$ 2 a R$ 8,5.
Reação
Para fazer frente ao concorrente, o Sem Parar montou uma pequena operação de guerra, a fim de tirar rapidamente do papel projetos que vinham sendo estudados, com calma, há alguns anos. Uma das primeiras providências foi espalhar outdoors pelas rodovias para dar o recado de que eles continuavam ali - já que as praças de pedágio passaram a apresentar as três bandeiras lado a lado.
O portfólio de produtos que até dois anos atrás se resumia a um plano com assinatura, taxa de adesão, e custos diversos para o usuário, como a cobrança pela reposição do tag, agora é composto de seis planos - entre eles um pré-pago, sem mensalidade, como o dos concorrentes, e outro sem a taxa de adesão de R$ 69,56.
Sabendo que o ConectCar vai se aproveitar de todo o aparato de mídia do grupo Ipiranga, que investe alto em comerciais de TV, o Sem Parar vai lançar mão pela primeira vez da mídia televisiva a partir de abril.
Em janeiro, o Sem Parar começou uma parceria com o Grupo Pão de Açúcar para permitir que a tecnologia seja usada na rede de postos de combustível Extra. O projeto piloto começou com 1 mil clientes no início do ano e está agora com 4 mil. Hoje apenas quatro postos estão habilitados a atuar nessa modalidade. Mas a expectativa da rede é de que até agosto 75 dos 83 postos ofereçam o tag do Sem Parar como meio de pagamento. A STP já está em negociação com outras redes de postos de combustível.
Segundo o Estado apurou, o Sem Parar também está fazendo testes em um drive thru da rede Mcdonald"s e em condomínios residenciais, para que os carros dos moradores sejam identificados pela tecnologia e liberados automaticamente na portaria.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 4 de março de 2013

Categoria: Geral


Outras matérias da edição

Pole position em má educação (03/03/2013)

Dize como andas no trânsito que te direi quem és. Na cidade onde o menor intervalo de tempo é calculado entre a abertura do sinal e a buzina do carro atrás, o mau comportamento impera. No Rio, especia (...)

O conto do valet (27/02/2013)

Virou quase uma epidemia em São Paulo. Nos últimos anos, boa parte dos bares e restaurantes passou a oferecer a seus clientes um serviço de valet para estacionar seus carros. Poucos são os estabelecim (...)


Seja um associado Sindepark