O que também atormenta os passageiros é não conseguir lugar pra sentar. Metade dos entrevistados não consegue um assento na ida. Na volta, seis em cada dez viajam em pé e apertados.
A grande dificuldade de quem usa esse tipo de transporte em São Paulo é que, por causa do horário de trabalho, muita gente é obrigada a enfrentar as estações no horário de pico. Só entre as sete e as nove horas da manhã, 7.600 pessoas embarcam no metrô a cada minuto. Nos trens, a média nesse horário é de 4.500 passageiros por minuto. No fim da tarde, depois de um dia inteiro de trabalho, tudo se repete.
O número de passageiros nos trens cresceu 120% nos últimos sete anos. "Nesse mesmo período praticamente duplicamos nossa frota. A CPTM está resolvendo essa situação, ampliando o número de trens e diminuindo o intervalo entre as viagens", explica Sérgio de Carvalho, gerente de relacionamento da CPTM.
No metrô, a procura aumentou 50% nos últimos dois anos. "O metrô se destaca como meio de transporte rápido e confiável, e isso acaba atraindo cada vez mais pessoas. Nós temos hoje quatro linhas em expansão, isso é muito, é bastante, e possivelmente em um futuro próximo teremos duas ou três linhas", avalia Wilmar Fratini, gerente de operações do Metrô.
Enquanto os recursos não acompanham o aumento da procura, a volta pra casa continua sendo o pior momento do dia pra muita gente.
Fonte: Jornal Hoje (Rede Globo), 4 de março de 2013