Para aqueles abaixo dos 65 anos, o risco não foi estatisticamente significativo. Mas a probabilidade subiu no grupo de pessoas com mais de 65 anos, aumentando 27% para cada 10 decibéis a mais de barulho.
Acima de 60 decibéis, o risco de derrame aumentou ainda mais, afirmaram os cientistas.
Uma rua movimentada pode facilmente gerar níveis de ruído entre 70 e 80 decibéis. Comparativamente, um cortador de grama ou uma serra elétrica atingem de 90 a 100 decibéis, enquanto um avião a jato produz 120 decibéis de ruído na decolagem.
"Estudos anteriores vincularam o ruído do tráfego a uma elevação da pressão sanguínea e de ataques cardíacos", disse o chefe das pesquisas, Mette Sorensena, da Sociedade Dinamarquesa de Câncer.
O estudo revisou históricos médicos e de residência de 51.485 pessoas que participaram da pesquisa Dieta Dinamarquesa, Câncer e Saúde, realizada em Copenhague e arredores entre 1993 e 1997.
Um total de 1.881 pessoas sofreu derrame neste período.
Segundo o artigo, 8% de todos os casos de derrame e 19% destes casos registrados em pessoas acima dos 65 anos poderiam ser atribuídos ao barulho do trânsito.
Os cientistas sugerem que o ruído atua como um fator de estresse e perturbador do sono, o que resulta na elevação da pressão sanguínea e da frequência cardíaca, bem como no aumento do nível de hormônios de estresse.
O estudo contabilizou os efeitos da poluição do ar, da exposição ao ruído de trens e aviões e uma série de fatores de estilo de vida, como o tabagismo, a alimentação e o consumo de álcool.
Fonte: agência France Presse, 26 de janeiro de 2011