Enquanto cidades do mundo todo foram apontadas como culpadas por cerca de 71% das emissões causadoras do efeito estufa, cidadãos urbanos que substituíram os carros por transporte público ajudaram a diminuir as emissões per capita em algumas cidades.
Por exemplo, as emissões per capita da cidade de Denver, no oeste dos Estados Unidos, somam aproximadamente o dobro das emissões de Nova York, onde vivem 8 milhões de pessoas e na qual há um sistema de metrô amplamente utilizado.
"Isso pode ser atribuído ao fato de a grande densidade demográfica de Nova York pedir um uso menor do automóvel para a locomoção", informa o estudo.
As emissões per capita de Denver (21,5 toneladas de carbono equivalente) foram até mesmo superiores às de Xangai (11,2 toneladas), Paris (5,2) e Atenas (10,4).
As cidades chinesas são consideradas separadamente, porque têm emissões médias bem superiores ao país como um todo. Pequim, por exemplo, emite 10,1 toneladas de carbono equivalente, enquanto a China emite 3,4 toneladas.
"Isso reflete a grande dependência de combustíveis fósseis para a produção de eletricidade, uma base industrial significante em muitas cidades e uma população rural relativamente grande e pobre", informa o estudo.
Com base nas emissões de gases causadores do efeito estufa pelo PIB, pesquisadores descobriram que "cidadãos de Tóquio são 5,6 vezes mais eficientes que os canadenses".
A cidade de Roterdã, na Holanda, teve uma nota ruim por conta de seu porto e por ter uma indústria forte.
"Esse índice é similar para as cidades com aeroportos muito movimentados e enfatiza a necessidade de ver as emissões das cidades de forma cautelosa."
O estudo também aponta outras tendências, como as cidades de climas frios terem emissões maiores, e países pobres e de renda média terem emissões per capita inferiores aos países desenvolvidos.
Quando os pesquisadores olharam as cidades asiáticas, latino-americanas e africanas, descobriram emissões menores por pessoa. "A maior parte das cidades na África, Ásia e América Latina tem emissões inferiores por pessoa. O desafio para elas é manter essas emissões baixas, apesar do crescimento de suas economias."
Fonte: agência France Presse, 26 de janeiro de 2011