Parking News

Na garagem de um condomínio da Vila Nova Conceição, bairro da Zona Sul de São Paulo (SP), as portas dos carros têm pouca utilidade aos moradores. Quem estaciona em algumas das minúsculas vagas rotativas do prédio só consegue sair do veículo pelas janelas ou pelo porta-malas. Apenas seis dos 47 lugares têm tamanhos mínimos exigidos por lei e os pilares do subsolo estão cheios de marcas de pintura. Desde 2008, os condôminos brigam com a construtora na Justiça e exigem uma solução para os erros de projeto. Enquanto a sentença não vem, contrataram um garagista para orientar as manobras, relata reportagem da revista Quatro Rodas.
Cada vez mais, a vaga em estacionamento de edifícios é razão de bate-boca ou de olhares atravessados no elevador de condomínios Brasil afora. Os carros são pivô de 25% das confusões e ocupam o segundo lugar no ranking das lamúrias, segundo o sindicato da habitação (Secovi) de São Paulo - perdem apenas para barulho. As reclamações mais comuns são de motoristas que param de forma errada e invadem o espaço do vizinho. Boa parte dos embates vai parar na mesa da Câmara de Mediação dos sindicatos de habitação. Diante de um mediador, vizinhos expõem suas reclamações e tentam se entender sem recorrer ao Judiciário. Cada sessão, de uma hora, custa 100 reais.
A disputa por espaço é o principal motivo de discórdia. Cada cidade possui uma lei que estabelece regras para as construções, o Código de Obras e Edificações. Nele estão as dimensões que as vagas têm de seguir. Boa parte determina que qualquer garagem precisa ter 50% de vagas pequenas (para um Ka ou Uno), 45% de médias (para um Civic ou Corolla) e 5% de grandes (para picapes e utilitários). Mas nem sempre as normas são seguidas pelas construtoras. E quando o são, mostram-se desatualizadas diante da preferência por veículos grandes. Segundo dados da Fenabrave, as vendas de utilitários superaram em 15% as de sedãs.
"Na hora de comprar um apartamento, a maioria não se lembra de verificar o subsolo e descobre que o carro não cabe no espaço", afirma Márcio Rachkorsky, advogado especialista em condomínios.
Fonte: Revista Quatro Rodas (SP), fevereiro/2011

Categoria: Cidade


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