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A Prefeitura de São Paulo publicou decreto dia 9 no Diário Oficial do município que aumenta o número de passageiros nos ônibus. O decreto, que reorganiza a licitação dos serviços de ônibus na cidade de São Paulo, estabelece a capacidade de lotação máxima dos ônibus para seis passageiros por metro quadrado, o que representa um número menor do que ocorre na realidade nos horários de pico (oito passageiros por metro quadrado), mas representa um aumento com relação ao número já defasado estipulado há dez anos (cinco passageiros por metro quadrado), explica o UOL.
Segundo a SPTrans, empresa que gerencia o transporte público na cidade de São Paulo, a capacidade de ocupação no transporte feito por ônibus foi dimensionada, há aproximadamente dez anos, considerando cinco passageiros por metro quadrado. Entretanto, a constatação da SPTrans é de que, nos horários de pico, essa realidade chega a até oito usuários por metro quadrado em algumas linhas.
Antes, de acordo com manuais técnicos da prefeitura, os ônibus da categoria básico podiam levar até 65 passageiros, entre os sentados, os de pé e os cadeirantes. Agora, a quantidade sobe para 75. Porém, o comprimento do ônibus continua basicamente o mesmo, de cerca de 12 metros.
Já os ônibus articulados, que antes tinham que dispor de "capacidade mínima de 100 passageiros", agora poderão transportar, no máximo, de 111 a 171 pessoas, dependendo de seu tamanho, que pode variar 18,6 a 23 metros.
Os biarticulados, por sua vez, subiram de uma capacidade mínima de 160 passageiros para capacidade total média de 198 pessoas.
Estudos da SPTrans, elaborados para a nova licitação da operação do sistema de transporte coletivo, apontam que as condições mínimas, ajustadas à capacidade do viário, tenham um dimensionamento de seis passageiros por metro quadrado nos horários de pico.
Os manuais de engenharia de transporte público urbano de passageiros, sobre pneus ou trilhos, como o metrô, consideram uma ocupação média de seis passageiros por metro quadrado, também sempre considerando os horários de pico.
O decreto também diz que "o edital poderá prever valores diferenciados de remuneração para os serviços prestados em horário de baixa demanda". Se implantada, por exemplo, a medida poderá estimular o aumento da frota que circula de madrugada e nos finais de semana.
A grande restrição, portanto, está na capacidade viária da capital. Neste sentido, a construção dos 150 km de novos corredores, aliada ao reordenamento do sistema e utilização de recursos tecnológicos para o controle da circulação dos ônibus, deverá contribuir para a efetiva diminuição dessa ocupação.
Fonte: UOL, 9 de maio de 2013

Categoria: Geral


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