Quem cruzar uma linha amarela com o rosto coberto pode ser multado em R$ 500.
Por mais de quatro horas nas ruas de São Paulo, o Jornal Nacional não viu um único motoqueiro retirar o capacete antes de entrar no posto. Alguns dizem que não conheciam a nova regra, mas a maioria reclama que não sabe como respeitar uma lei sem desrespeitar a outra. Segundo o código de trânsito, com a moto em movimento, o uso do capacete é obrigatório.
"Se você tira, é multa. Se você entra com, é multa. Então, fica difícil", se queixa o motoboy William Simião.
O sindicato dos motociclistas profissionais de São Paulo diz que lei precisa ser adequada à realidade.
"A lei é positiva, mas nessa questão do capacete no posto de gasolina, precisa saber como vai ficar esse enquadramento com uma duplicidade", explica o presidente do Sindimoto-SP, Gilberto Almeida.
Os donos de postos também reclamam.
"A gente não se sente seguro pelo seguinte: o bandido não vai tirar o capacete. Esse é o modo dele se esconder, ele vai chegar de capacete, vai assaltar, vai embora e sem tirar o capacete", conta o presidente do Sincopetro, sindicato dos revendedores de combustíveis de SP, José Alberto Gouveia.
A lei está em vigor, mas nem o tamanho das placas, nem a responsabilidade pela fiscalização foram regulamentados.
Fonte: Jornal Nacional (Rede Globo), 13 de maio de 2013