A cidade pulsa, e o coração do paulistano sofre. Imagine enfrentar engarrafamento a semana inteira. "Fica um pouco estressado, mas é do dia a dia", diz um motorista.
Na correria da Avenida Paulista, centro financeiro da capital, falta tempo até para se alimentar. "Fast food, coisa rápida mesmo, o que der para correr mais rápido. A saúde fica difícil de cuidar", afirma um homem.
Algumas situações de trabalho também podem prejudicar o coração. "A pressão cada vez mais constante no trabalho, a situação de obrigatoriedade em relação a cumprir metas e prazos, a situação social de iminência de perda do emprego e de conseguir um emprego inicial, tudo isso afeta e faz com que você também fique fragilizado. Ao ficar fragilizado você tem risco de ter um ataque cardíaco", afirma o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio.
Os médicos lembram que os fatores que mais agridem o coração são stress, diabetes, pressão alta, cigarro, sedentarismo, colesterol alto. E são justamente as doenças cardíacas que mais provocam mortes no estado de São Paulo. A Secretaria de Saúde fez um levantamento e descobriu que por dia 75 pessoas morrem vítimas de doenças do coração no estado.
O cardiologista diz que boa parte poderia ser evitada. "As pessoas devem olhar sua pressão arterial, não fumar, ter uma dieta adequada, fazer exercícios físicos, levar uma vida saudável e sem stress. Sempre que possível buscar atendimento quando iniciar algum sintoma. Uma dor no peito ou uma falta de ar, não ficar postergando isso e buscar o atendimento inicial com avaliação desses sintomas", ressalta Marcelo Ferraz Sampaio.
O cardiologista que nós ouvimos recomenda que as pessoas façam algo de que gostam, algo que funcione como uma válvula de escape para as tensões do dia a dia.
Fonte: programa Bom Dia Brasil (Rede Globo), 8 de maio de 2013