Segundo o jornal Hoje em Dia, a proposta de coibição dos flanelinhas foi defendida pelo setor empresarial, que estava representado por entidades ligadas ao mercado imobiliário, da construção civil e comercial. Um representante desses setores, que pediu para não ser identificado por temer retaliação dos guardadores, observa que essas pessoas que trabalham como vigias de carro atrapalham a rotatividade dos estacionamentos porque observam a hora em que os fiscais da BHTrans aparecem para colocar a folha de rotativo ou trocá-la, se estiver vencida. Segundo ele, os flanelinhas se regularizaram por trás da profissão de lavador de carros, que é reconhecida pela prefeitura, mas acabam atuando de forma diferente.
Segundo a consultora técnica especializada da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas Maria Caldas, o setor de fiscalização de posturas da PBH terá de atuar, porque a ação de flanelinhas não é permitida. Segundo ela, os fiscais teriam de fazer um trabalho conjunto com a inteligência da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Maria Caldas ressalta que o profissional que é reconhecido pela prefeitura é o lavador de carros, "que não se confunde com o flanelinha".
Atuação não é considerada crime
De acordo com o secretário municipal de Políticas Urbanas, Murilo Valadares, coibir os flanelinhas é uma tarefa muito difícil, porque não existe uma lei que diga que o que eles fazem é crime. Na avaliação do secretário, a participação da sociedade é importante, denunciando e não pagando pela vigilância do carro ou troca de rotativos.
Fonte: Hoje em Dia (BH-MG), 21 de agosto de 2009