Em oito anos, o número de processos aumentou 50% no Estado de São Paulo. Hoje, há mais de 1,7 mil ações em andamento. Mais procura, menos conciliações. Os acordos caíram de 80 para 30%.
Antes do Código de Defesa do Consumidor, as negociações eram entre pessoas. Agora, envolvem empresas. E elas empurram a discussão para frente, explica a juíza Mônica de Carvalho, que também aponta velhos motivos para a lentidão. "Nós temos que melhorar o número de juízes em primeiro grau, o número de funcionários em todas as pontas do sistema e continuar a informatizar o sistema", diz.
Hoje, a espera em São Paulo é de três meses pela reunião de conciliação e mais um ano pela sentença. Prazo bem maior do que prevê a lei: 15 dias para a primeira audiência e, se não houver acordo, julgamento 15 dias depois.
O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que vem criando novas varas e fazendo reformulações para resolver com mais rapidez o crescente número de processos.
Fonte: Jornal Nacional, 12 de dezembro de 2009