Depois de uma breve orientação da gerente de Recursos Humanos da rede que administra o estacionamento, Hortência, uniformizada, de óculos e atendendo pelo nome de "Carol", se posicionou ao lado de outro manobrista para receber os clientes. Sua primeira dúvida foi saber se o manobrista arca sozinho com o prejuízo de uma eventual batida. Depois, disse em tom de brincadeira que só queria pegar carro bom...
Como ela manobrou carros de vários modelos e tamanhos, teve dificuldade em engatar a ré em alguns, de encontrar o freio em outro e de abrir uma porta emperrada. Cometeu um pequeno deslize, quando passou com um dos pneus de um carro numa guia, mas tirou de letra e continuou calma. Ela foi cuidadosa ao estacionar, recebeu os clientes com delicadeza, mas a gerente pediu para que ela melhorasse a vistoria prévia.
Alguns clientes a reconhecem, outros pedem para tirar fotos com ela, mas a todos ela nega ser a Hortência, e diz, séria, que seu nome é Carol.
Ela reclamou de um cliente que a fez levar as sacolas de compras até o porta-malas do carro, esqueceu algumas placas. A cada problema enfrentado pela "Carol", entrava o depoimento de um manobrista com a orientação mais correta naquele caso.
Ao fim do dia, "Carol" se declarou "acabada", com bolha no pé, com a pele vermelha do sol, suada, e comentou: "Quem trabalha aqui não precisa fazer ginástica, os manobristas ralam pra caramba, é uma profissão nova". A gerente de RH deu nota 10 para Hortência e disse que o programa valorizou bastante o segmento.
O Tira Onda mostrou a importância crescente da capacitação profissional para atender cada vez melhor o cliente. As orientações dos manobristas e da gerente comprovam que não há mais espaço para amadorismo na atividade de estacionamento.
Fonte: canal Multishow, 30 de agosto de 2008