A maioria dos estacionamentos segue a mesma linha e anuncia seus preços em cavaletes ou banners postos nas fachadas ou em frente aos estabelecimentos. A reportagem do site G1 flagrou irregularidades em estacionamentos da Rua Augusta e da Avenida São João.
O Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamentos do Estado de São Paulo (Sindepark) afirmou que uma lei federal obriga as empresas a informar devidamente seus clientes e usuários sobre a tarifa cobrada. No entanto, de acordo com o presidente do sindicato, Sergio Morad, as placas devem ficar dentro dos estabelecimentos de forma visível para os motoristas que passam na rua e não podem ocupar um espaço da calçada.
"A paisagem da cidade não é para promover o estabelecimento. A poluição visual não pode pular nos olhos das pessoas", afirma Regina Monteiro, diretora de meio ambiente, projetos e paisagem urbana da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), e idealizadora do Cidade Limpa.
Pela lei, esses anúncios teriam de estar dentro dos estabelecimentos, a um metro da abertura da porta do local. Segundo Regina, as lojas que anunciam preços ou promoções nos vidros também estão desrespeitando a lei. "Não pode fechar a vitrine com um papel e escrever "sale" (liquidação em inglês)", explicou.
Assim como os hospitais, os hotéis podem ter anúncios indicativos (com o nome do local) ao longo de suas fachadas sem a exigência de um tamanho fixo, como ocorre com outros tipos de estabelecimentos. Mas os totens com preço não são considerados anúncios indicativos.
Em reunião no dia 20 de agosto, a Emurb iria propor que os hotéis usassem os totens para indicar os serviços que oferecem, como restaurantes e internet. O tamanho dos equipamentos também deve ser fixado em no máximo 4 m2, em uma das fachadas.
As Subprefeituras de Pinheiros, responsável pela área das avenidas Paulista e Nove de Julho, e da Sé, que cuida das Ruas Consolação e Augusta, informaram que vão fazer vistorias nos locais apontados pela reportagem.
Uma rede de hotéis informou, em nota, que vem fazendo adaptações na comunicação visual de suas unidades para se adequar à Lei Cidade Limpa, mas a apresentação de preços em totens externos está em sintonia com o posicionamento da marca e alinhada à política de transparência e relacionamento com os clientes em todo o mundo.
Fonte: site G1, 20 de agosto de 2008