O argumento é que essas medicações alteram o sistema nervoso e potencializam o risco de acidentes. "O primeiro passo é levantar o debate. Abrimos processo de consulta pública, para que médicos, especialistas em trânsito, parlamentares e a sociedade contribuam com a elaboração", afirma o ministro Márcio Fortes.
O ministro tem até um slogan para a campanha: "Se tomar remédio não dirija." Fortes lembra que as recomendações das próprias bulas dos fármacos já alertam sobre o perigo. "Muitas pessoas tomam medicamentos, mas nunca leram a bula. Antialérgicos e antiinflamatórios, por exemplo, comprometem a capacidade de reação das pessoas", justifica.
"Até hoje a discussão sobre o tema é escassa", afirma o ministro, apesar de reconhecer que um dos desafios para a proposta vingar é a fiscalização.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 30 de agosto de 2008