Em 2010, 1.357 pessoas morreram no trânsito de São Paulo, a maior cidade do país. O número é sete vezes maior do que em Nova York e Tóquio. A metade era pedestre.
Uma placa avisa quem tem prioridade, mas nem todo motorista respeita. Um apressadinho quase passa no sinal vermelho. Com bom humor, ele é repreendido e obedece. Puxão de orelha também vale para pedestre.
"Agora, da próxima vez, eu espero o farol fechar pra eu passar", diz a empresária Claudia Cunha.
Além dos mímicos, a CET colocou 76 agentes com placas monitorando alguns cruzamentos. Desde o dia 25, são mais 1.040 pessoas trabalhando nos pontos perigosos da cidade.
Segundo o diretor de planejamento e educação no trânsito da CET, Irineu Gnecco Filho, a ação educativa começou há dois meses na área central e "já diminuiu em 70% o número de atropelamentos". "Isso é um dado muito positivo", diz.
A distração é responsável pela maior parte dos atropelamentos. Os mímicos já perceberam que reconhecer o erro é fácil. A atriz Deborah Almeida diz que 99% das pessoas que atravessam fora da faixa e são flagradas por ela pedem desculpa. "Não precisa nem pedir desculpa. É só não fazer mais", diz.
Fonte: Jornal Nacional (TV Globo), 19 de julho de 2011