Influenciado pela expectativa de safra agrícola recorde, o indicador do Banco Central que mede a atividade econômica cresceu 1,12% no primeiro trimestre em relação aos três últimos meses do ano passado, mostram dados divulgados nesta segunda-feira (15).
É o primeiro crescimento para qualquer trimestre desde os últimos três meses de 2014, quando o IBC-br subiu 0,21%.
Em março, porém, o indicador caiu 0,44% na comparação com fevereiro - o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já havia afirmado que o movimento era esperado para o período.
Em fevereiro, o indicador cresceu 1,37% em relação ao mês anterior, acima do que era esperado pelo mercado. Em janeiro, houve alta de 0,36% na comparação com dezembro de 2016.
Conhecido como IBC-Br, o índice incorpora projeções para serviços, comércio, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.
O IBGE está esperando uma safra de grãos mais de 26% maior do que a do ano passado, expectativa que foi revisada para cima diversas vezes. Esse foi o principal determinante no crescimento do trimestre.
Além disso, no início do mês passado o IBGE alterou sua metodologia para as pesquisas de comércio e serviços para medir a atividade com mais precisão, o que teve impacto positivo nos dados.
A mudança ocorreu porque o peso da amostra das empresas que participam das pesquisas do IBGE foi redistribuído. Em vez de seguir usando como referência para essa base o ano de 2011, o instituto atualizou os dados para 2014.
A avaliação de economistas é que, após longo período de crise, a atividade começa a se estabilizar, com recuperação em alguns segmentos.
Fonte: Folha de S. Paulo, 15/05/2017